Em outubro, quando comemoramos o Dia das Crianças, é comum
vermos as lojas de brinquedos lotadas de pais a procura do melhor presente para
os filhos. As crianças, normalmente, ficam ansiosas esperando ganhar o que
desejam. Presentes à parte, que tal darmos outro enfoque para a data já que
estamos diante de uma realidade em que pesquisas mostram o aumento do uso e
abuso de álcool e outras drogas por crianças e adolescentes?
Para ter uma ideia do tamanho do problema, vamos observar
alguns dados, como os da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (2012), do IBGE,
realizada com escolares de 13 a 15 anos, que mostra que 66% dos entrevistados
já haviam testado o álcool. O indicador foi maior na Região Sul (76,9%). Quando
se trata de episódios de embriaguez (21% dos escolares), novamente a Região Sul
se destaca, com 27,4%; assim como quando se fala no maior consumo atual de
maconha, com 3,6%, os maiores percentuais. Isso se repete a respeito das demais
drogas ilícitas, como cocaína, crack, cola, loló, lança perfume, ecstasy. Do
total dos escolares, 7,3% já fizeram uso de alguma droga ilícita, apontando os
maiores índices para as Regiões Centro-Oeste (9,3%) e Sul (8,8%). Segundo os Municípios
das Capitais, Florianópolis apresentou o maior índice (17,5), seguida de
Curitiba (14.4%). Outro dado importante da pesquisa é experimentação, uso e
abuso cada vez mais precoces: 2,6 % dos escolares de 15 anos que usaram drogas,
o fizeram antes dos 13, sendo que 4,4% desse total são da Região Sul, o maior
percentual.
Nesse contexto, para os profissionais da Clínica Nova
Esperança, é preciso ressaltar a prevenção como forma de combate ao problema.
Na concepção do nosso tratamento oferecido, a educação deveria ser levada em
consideração antes do nascimento. Gestantes, crianças e adolescentes, até os 18
anos, não deveriam usar álcool. Depois da maioridade, seria um uso consciente
das consequências.