segunda-feira, 28 de abril de 2014

Bases de tratamento e manutenção da abstinência

Profissionais da área da saúde (médicos, psicólogos, enfermeiros, etc) e outras áreas (professoras, educadores, comunicadores, etc) de Curitiba e região estão convidados a participar de um evento sobre dependência química com certificação na Clínica Nova Esperança. Já realizamos o evento no último dia 24 de abril e vamos repeti-lo no próximo dia oito de maio, quinta-feira, das 9h às 11h.
Primeiramente, Aracélis Canelada Copedê Filha, diretora da Clínica, vai falar sobre dependência química e as bases do tratamento. Em seguida, o médico psiquiatra José Leão de Carvalho Junior vai apresentar uma pesquisa sobre a manutenção da abstinência feita pela equipe técnica da Clínica com os pacientes internos. Para finalizar, será oferecido um coffe break. 
O evento não tem custo e será encaminhado por e-mail um certificado de participação. A presença pode ser confirmada por aqui mesmo. Nosso endereço é Av. Silva Jardim, 4205 - Seminário - Curitiba/PR.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

A contribuição da Terapia Ocupacional no tratamento da Dependência Química

Devido a complexidade da doença da dependência química, a terapia ocupacional na Clínica de Recuperação Nova Esperança tem como objetivo proporcionar momentos de ressignificação do prazer por meio do “fazer terapêutico”.
 A terapeuta ocupacional da Clínica, Michele Nilo, descreve que as atividades são analisadas minuciosamente para oportunizar vivências criativas e produtivas, desde simples estímulos do raciocínio, como o de planejamento e execução de ações.  “Conseguimos atingir nossas metas através de atividades de artesanato, como confecção de peças em miçangas, chaveiros, bijuterias; pintura em caixas de madeiras, argilas, recortes de revistas, entre outras”, afirma.  
O processo terapêutico tem início no primeiro contato com o terapeuta, por meio do acolhimento e vínculo. Um momento fundamental é o convite para a participação das atividades e a oportunidade de deixar os pacientes exercerem sua capacidade de escolha, percepção da ação e reação, bem como respeitar as etapas do processo de construção de algo e usufruir do produto final após seus esforços.
As atividades ocorrem sempre em conjunto, favorecendo, muitas vezes, um momento de troca entre os participantes. Além de estimular a autoestima, as funções cognitivas superiores, a ressocialização e as relações familiares, visto que alguns dos produtos confeccionados são presenteados aos próprios familiares. Muitos relatos mostram que as atividades podem ser tranquilizantes e contribuir efetivamente para a mudança de pensamentos e projetos, bem como percepções de prejuízos reversíveis ou não.
Estas atividades são ofertadas durante o internamento integral na Clínica Nova Esperança, o que oportuniza a percepção da evolução do paciente durante este período. 


terça-feira, 1 de abril de 2014

Pesquisa mostra a importância da continuidade do tratamento, além da internação, para a manutenção da abstinência.

A pesquisa “Manutenção da abstinência em dependentes químicos e modalidade de tratamento” realizada pela equipe técnica da Clínica Nova Esperança, com dados de 112 pacientes internados em 2011 com diagnóstico de dependência química (F10 a F19), mostrou a importância da continuidade, além do período de internação (45 dias em média), no tratamento para que os pacientes mantenham a abstinência. A metodologia de coleta foi levantamento de dados nos prontuários e informações obtidas com familiares dos pacientes que não deram seguimento no tratamento na Instituição. Dentre os resultados constatados, foi verificado que é indiferente se é internamento voluntário ou involuntário, pois a probabilidade de se manter abstinente é a mesma.
Do total dos pacientes, 63% recaíram e 37% mantiveram-se abstinentes até o final do acompanhamento (tempo mínimo de 12 meses). Sendo assim, o fator de maior importância para a manutenção da abstinência foi a participação no tratamento em regime de clínica-dia por, no mínimo, seis meses: 83% de abstinência. Dentre os pacientes que participaram de pelo menos seis meses de clínica-dia, apenas 6% recaíram no período de acompanhamento.
Apesar de a dependência química estar aumentando entre as mulheres, os homens ainda são a maioria, pois dos 112 pacientes acompanhados, 78% são do sexo masculino e 22% do feminino.