terça-feira, 6 de maio de 2014

A liberação da maconha do ponto de vista da saúde mental


A discussão sobre a legalização da maconha tem gerado muita polêmica. Mas o que significa isso do ponto de vista da saúde mental?
De acordo com a diretora geral da Clínica de Recuperação Nova Esperança, Aracélis Canelada Copedê, com a legalização da maconha, o aumento considerável de dinheiro na economia e também nos impostos não conseguirá pagar o ônus dos prejuízos que vão ser causados, principalmente aos adolescentes.
Ainda que o uso só seja permitido para maiores de idade, o número de adolescentes usuários, obviamente, aumentará. Com isso, teremos um aumento de indivíduos que vão desenvolver outras patologias mentais, pois a maconha é uma droga alucinógena e uma das que mais desencadeia surtos psicóticos. 
O médico psiquiatra José Leão de Carvalho Junior, ressalta que falta informações a respeito do uso terapêutico de maconha. O médico explica que a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece apenas a indicação da maconha para ajudar no tratamento da anorexia e náusea em pacientes de câncer e AIDS. A OMS afirma que qualquer outra aplicação da erva não está respaldada por pesquisas científicas. “E, claro, a OMS alerta que o uso desta planta eleva o risco de dano cognitivo, doenças respiratórias e psicoses. Nós sabemos que o risco é grande para muitas outras doenças”.
Leão explica que as drogas psicoativas podem afetar diversos fatores, como o desenvolvimento escolar, por exemplo. A mais evidente é a maconha, por provocar danos cerebrais precocemente. Começa afetando a memória e a capacidade de manter a atenção e a concentração. Com a progressão dos danos, gradativamente, a capacidade de raciocinar vai sendo prejudicada. O crack é muito mais lesivo, mas vale lembrar que quem é usuário de crack já é dependente de outra droga (álcool, maconha ou cocaína inalada) e o desenvolvimento escolar, na maioria dos casos, já está prejudicado quando o indivíduo começa o uso.
 A legalização da maconha, para a diretora, nesse momento, para o Brasil, seria uma catástrofe, “pois não estamos dando conta nem da questão álcool, como vamos dar conta da questão maconha?”. A esperança, para a diretora, é que uma educação extremamente preventiva seja implantada.

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