A pesquisa “Manutenção da
abstinência em dependentes químicos e modalidade de tratamento” realizada pela
equipe técnica da Clínica Nova Esperança, com dados de 112 pacientes internados
em 2011 com diagnóstico de dependência química (F10 a F19), mostrou a
importância da continuidade, além do período de internação (45 dias em média),
no tratamento para que os pacientes mantenham a abstinência. A metodologia de
coleta foi levantamento de dados nos prontuários e informações obtidas com
familiares dos pacientes que não deram seguimento no tratamento na Instituição.
Dentre os resultados constatados, foi verificado que é indiferente se é
internamento voluntário ou involuntário, pois a probabilidade de se manter
abstinente é a mesma.
Do total dos pacientes, 63% recaíram
e 37% mantiveram-se abstinentes até o final do acompanhamento (tempo mínimo de
12 meses). Sendo assim, o fator de maior importância para a manutenção da
abstinência foi a participação no tratamento em regime de clínica-dia por, no
mínimo, seis meses: 83% de abstinência. Dentre os pacientes que participaram de
pelo menos seis meses de clínica-dia, apenas 6% recaíram no período de
acompanhamento.
Apesar de a dependência química
estar aumentando entre as mulheres, os homens ainda são a maioria, pois dos 112
pacientes acompanhados, 78% são do sexo masculino e 22% do feminino.
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